
Ta aí um filme que poderia facilmente ser um episódio de Black Mirror.
Lembra aquele primeiro episódio de Black Mirror, da terceira temporada? Todo mundo amou, intitulado “Queda Livre’, onde uma moça tem a vida conduzida por ter “likes” nas fotos e interação na rede social, como se isso fosse, profundamente (e é) essencial para a vida.
Cam é um filme assim, um filme que questiona a futilidade das redes sociais, de sermos quem não somos realmente, da interpretação de papéis em uma plataforma digital e no desespero contante em sempre buscar estar mais engajada que outra pessoa.

Uma crítica ao estilo de vida dos criadores de conteúdo e ainda assim, a depressão por trás dessa busca contínua pela melhor pauta para conteúdo e melhor relacionamento com os fãs, a fim de estar sempre no topo dos mais vistos.
Cam, é sobre uma rede social de vídeos pornográficos, onde as garotas são as “blogueiras” em cenários de fetiches para conseguirem não apenas ganharem dinheiro, mas em serem famosas.
O problema é que toda plataforma trabalha com algorítimo, e então uma vez conhecendo o conteúdo de quem cria e adaptando para mais alcance de quem segue, um personagem virtual assume o lugar das meninas mais engajadas, passando-se por elas e criando um cenário de verdadeiro pânico e terror.
De modo a reaver sua identidade, Alice coloca sua vida em risco e sua reputação na cidade que mora em cheque.
Spoiler****
Especialmente, me impactou a cena final, onde após tantas coisas horríveis ela volta a plataforma, literalmente começando do zero.
Vale a pena pra você fã de Black Mirror ou Eletric Dreams.

Ví o artigo do seu Blog e fui assistir o filme, e realmente, concordo com tudo que você escreveu.