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Ao vencer o Emmy de melhor roteiro em série dramática no último domingo (22), Jesse Armstrong, roteirista de Succession, disse que os Estados Unidos precisam rever sua política de emigração, já que os britânicos (como  ele) estavam dominando a cerimônia.

É claro que era uma brincadeira, mas como dizem, toda brincadeira tem um fundo de verdade. Tanto que, mesmo com a cobiçada estatueta de melhor série dramática indo para Game of Thrones, a série que mais brilhou na edição de 2019 do principal prêmio da TV americana foi Fleabag.

A criadora e estrela da produção da BBC, Phoebe Waller-Bridge monopolizou a festa, ganhando os prêmios de melhor atriz, roteiro e o principal da categoria comédia.

Inspirados nessa “invasão britânica” no Emmy, selecionamos 15 séries inglesas para largar tudo e assistir agora.

Veja aqui nossa lista:

Fleabag (2016 – 2019)

Sinopse: Lembre-se desse nome: Phoebe Waller-Bridge. O ano de 2019 é dela. Atriz e roteirista inglesa que apareceu para o mundo com o inesperado sucesso de Killing Eve, ela está tão em alta que foi escolhida para escrever o roteiro do novo filme do 007. Mesmo com apenas duas temporada com 6 episódios cada, Fleabag traz aquele tradicional humor britânico, que anda no fio da navalha entre o cruel e o engraçado, com uma sinceridade arrebatadora. E muito disso é culpa do carisma e engenhosidade de Waller-Bridge, que quebra a quarta barreira com o público entre momentos divertidos e desesperadores. 
Onde ver: Amazon Prime

Killing Eve (2018 – )

Phoebe Waller-Bridge mostra toda sua versatilidade como roteirista com este thriller feminista protagonizado pela canadense Sandra Oh (Globo de Ouro de melhor atriz em série dramática) e a inglesa Jodie Comer (Emmy de melhor atriz em série dramática). À primeira vista, a série parece apenas mais um policial genérico, mas a alma da história está na estranha relação entre a investigadora da inteligência britânica Eve Polastri (Sandra Oh) e a assassina psicopata Villanelle (Jodie Comer), por quem Eve é obcecada. Uma curiosidade: A produção faz um rodízio de showrunners mulheres. Waller-Bridge cuidou da primeira temporada e Emerald Fennell (que interpreta Camilla Parker Bowles na terceira temporada de The Crown) assumiu a segunda. Suzanne Heathcote (Fear the Walking Dead) já foi anunciada para a terceira.
Onde ver: Globoplay

Downton Abbey (2010 – 2015)

Sucesso imediato desde a estreia, no dia 26 de setembro de 2010 na rede inglesa ITV, a produção abocanhou alguns dos mais prestigiados prêmios mundiais a partir de 2011, como o Globo de Ouro e o Emmy de melhor minissérie dramática. A trama mostra o cotidiano de uma família aristocrática e seus empregados em uma propriedade chamada Downton Abbey, localizada na região inglesa de Yorkshire. A história começa um dia após o naufrágio do Titanic, em 14 de abril de 1912, e segue até a década de 1920. Mesmo depois da transmissão de seu último episódio em 25 de dezembro de 2015, Downton Abbey tem uma legião tão grande e fiel de fãs, que ganhou uma versão cinematográfica e bateu recordes de bilheteria em seu lançamentos nos cinemas dos Estados Unidos.
Onde ver: Amazon Prime

Peaky Blinders (2013 – )

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Sinopse: Violenta, cruel e extremamente cool, Peaky Blinders empresta o nome de uma famosa gangue da cidade industrial de Birmingham, na região central da Inglaterra. Conhecidos por suas vestimentas impecáveis e métodos brutais, os Peaky Blinders dominaram as atividades criminosas daquela área do final do século 19 até aos anos 1930. Seu reinado de terror em Birmingham ficou tão marcado que o termo Peaky Blinders virou sinônimo para qualquer tipo de gangue. Estrelada pelo excelente ator irlandês Cillian Murphy, a série conta a história dos Shelby, uma família de criminosos que controla um esquema ilegal de apostas em corridas de cavalos logo após a Primeira Guerra. Tente não ficar arrepiado logo na abertura do primeiro episódio, quando toca Red Right Hand, hino sinistro de Nick Cave e seus Bad Seeds.
Onde ver: Netflix

Sex Education (2019 – )

Sinopse:  A série sobre um grupo de estudantes do ensino médio que se deparam com as complexidades do amor e do sexo estreou na Netflix sem muito alarde, mas logo conquistou uma incrível legião de fãs, Tanto que em suas quatro primeiras semanas de exibição, a plataforma contabilizou uma audiência de cerca de 40 milhões de espectadores. O protagonista é Otis Milburn (Asa Butterfield), um garoto de 16 anos que sofre com ataques de pânico toda vez que tenta se masturbar. Filho único de uma terapeuta sexual, Jean (Gillian Anderson), ele passa a ser procurado por seus colegas para resolver dúvidas sobre sexo. Suas consultas dão muito certos para os pacientes, mas não para ele, que não consegue resolver seu problema e não tem coragem de se declarar para sua amiga Maeve (Emma Mackey), uma garota linda, punk e inteligente que é cool demais para ele.
Onde ver: Netflix

The Crown (2016 – )

Sinopse: A mais cara produção da gigante Netflix tem DNA britânico. Com roteiro do grande Peter Morgan, a série conta toda a trajetória da rainha Elizabeth II. Desde seu casamento, em 1947, até aos dias atuais. Nas duas primeiras temporadas, a monarca é interpretada pela jovem Claire Foy, que no papel se mostrou uma das grandes revelações britânicas. Já na terceira, que estreia no dia 17 de novembro, quem faz a rainha é a veterana (e vencedora do Oscar de melhor atriz em 2019) Olivia Colman. The Crown é simplesmente impecável.
Onde ver: Netflix

Sherlock (2010 – )

Sherlock

Sinopse: Produção bissexta da BBC, a amalucada Sherlock é uma versão modernizada do famoso detetive da literatura Sherlock Holmes. Foi o papel que projetou a carreira internacional de Benedict Cumberbatch, que é a a alma da série, por melhor que esteja o sempre competente Martin Freeman como o Dr. John Watson. Com tramas para lá de rocambolescas, Sherlock conquista por seu roteiro engenhoso e histriônico. 
Onde ver: Netflix

Black Mirror (2011 – )

Sinopse: O mundo demorou um pouco para prestar atenção em uma pequena série de antologia de ficção científica com temporadas de apenas três episódios criada pelo visionário Charlie Brooker. Black Mirror explodiu mesmo depois de ser comprada pela Netflix, que passou a produzir suas próprias temporadas de seis episódios. O fato é que o aumento no número de capítulos impactou na qualidade da série. A verdade é que suas temporadas inglesas trazem os melhores episódios. Veja e confirme.
Onde ver: Netflix

The Office (2001 – 2003)

Muito gente ainda não sabe que a série americana The Office é um remake. Foi com ela, no papel de David Brent, o chefe mais ridículo e sem noção do universo, que o comediante Ricky Gervais, um dos criadores da produção da BBC, ficou famoso fora dos limites do Reino Unido, levando-o a ser o mais infame (e engraçado) apresentador da história do Globo de Ouro.  
Onde ver: Amazon Prime

Segurança em Jogo (2018 –  )

Sinopse: Muita gente achou que Richard Madden tinha se dado mal quando seu personagem em Game of Thrones morreu em uma das cenas mais famosas da série. Que nada! Foi a oportunidade perfeita para ele brilhar sozinho como protagonista da surpreendente Segurança em Jogo. Tanto que o papel de David, guarda-costas da secretária do Ministério de Administração Interna do Reino Unido lhe rendeu um Globo de Ouro de melhor ator em série dramática.
Onde ver: Netflix

Outlander (2014 – )

Sinopse: Com uma trama que mistura romance e drama histórico, Outlander virou um cult já em sua primeira temporada, em 2014. A história parece meio besta, mas a produção é tão caprichada que supera a trama, à princípio, boba. A inglesa Claire Randall (Caitriona Balfe), enfermeira durante a Segunda Guerra Mundial, se reencontra com seu marido Frank e resolvem fazer uma viagem juntos à Escócia. O problema é que por conta de um estranho fenômeno, ela é transportada para o ano de 1743, durante os levantes jacobitas, uma série de rebeliões que tinham o objetivo de reconduzir Jaime II para o trono que foi deposto pelo Parlamento inglês durante a Revolução Gloriosa. Nesse ambiente, ela conhece o jovem guerreiro escocês Jamie Fraser (Sam Heughan), antepassado de Frank por quem ela se apaixona.
Onde ver: Netflix, Claro Vídeo e FOX Premium

Shameless (2004 – 2013)

Sinopse: Outra série inglesa que ganhou um remake americano, Shameless é tão engraçada como triste. Baseada nas experiências do roteirista Paul Abbott, ela conta a história dos Gallagher, uma típica família bagaceira e disfuncional da classe trabalhadora britânica. Quem comanda o show é Frank Gallagher (David Threlfall), um homem em eterna briga com o mundo, que não dá a mínima para seus seis filhos, que precisam usar a criatividade para sobreviver em um bairro pobre de Manchester.
Onde ver: Netflix

Good Omens (2019)

Omens

Sinopse: A série é baseada no livro Good Omens: The Nice and Accurate Prophecies of Agnes Nutter, escrito por dois mestres britânicos da literatura e quadrinhos: Neil Gaiman e Terry Pratchett.  A história gira em torno de um anjo e um demônio que desenvolvem uma curiosa amizade desde os tempos do jardim do Éden. Em 2018, às vésperas do Armagedom, eles têm de encontrar o Anticristo, um menino de 11 anos que não faz ideia de que ele seja o filho do diabo.
Onde ver: Amazon Prime

Years and Years (2019 – )

Years and Years é um tipo de mistura de This is Us com Black Mirror. Dividida em apenas seis episódios, a trama conta os dramas da família Lyons, de 2019 a 2035, período de ascensão da extrema direita no mundo. No Reino Unido, esse movimento é liderado por Viv Rook, interpretada pela excelente Emma Thompson. O roteiro é ótimo e os atores incríveis, mas o que chama mais a atenção é que a série parece prever um futuro bem possível (e nada agradável). 
Onde ver: HBO GO 

Monty Python’s Flying Circus (1969 – 1974)

Clássico dos clássicos entre as séries de comédia, Monty Python’s Flying Circus traz alguns dos mais históricos esquetes da TV mundial. O grupo formado por Graham Chapman, John Cleese, Terry Gilliam, Eric Idle, Terry Jones e Michael Palin simplesmente revolucionou a comédia com seu estilo cheio de non sense, anarquia e referências históricas. Obrigatório.
Onde ver: Netflix

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