Bom dia galera que precida de forças nessa quinta-feira com uma boa xícara de café.Vamos terminando a semana com a análise de um filme bastantate complexo, Mulholland Drive, ou Cidade dos Sonhos, no Brasil.
Vamos direto a sinopse do filme porque a explicação é muito louca: Um acidente automobilístico na estrada Mulholland Drive, em Los Angeles, dá início a uma complexa trama que envolve diversos personagens. Rita (Laura Harring) escapa da colisão, mas perde a memória e sai do local rastejando para se esconder em um edifício residencial que é administrado por Coco (Ann Miller). É nesse mesmo prédio que vai morar Betty (Naomi Watts), uma aspirante a atriz recém-chegada à cidade que conhece Rita e tenta ajudar a nova amiga a descobrir sua identidade. Em outra parte da cidade o cineasta Adam Kesher (Justin Theroux), após ser espancado pelo amante da esposa, é roubado pelos sinistros irmãos Castigliane.
Esse é um filme cheio de fragmentos, assim como O Homem Duplicado, com símbolos ocultos ou não tão ocultos durante as cenas que compõem a história. Trata-se de um filme sério, onde você precisa ter paciência pra assistir, devido à sua complexidade.
As duas mulheres Rita e Betty, são as protagonistas, e em meio ao desenvolvimento da história começamos a achar que algumas cenas parecem fora de ordem, ou simplesmente não fazem sentido. Isso se dá principalmente, ***Atenção ao Spoiler*** porque Betty sofre de um angústia profunda por não ser a pessoa que sempre sonhou ser, ela almeja ser uma atriz linda e famosa, mas Rita é a pessoa que na mente de Betty reflete tudo que ela gostaria de ser e ter e não pode.
O fato principal e solucionador do filme é: Betty esta sonhando, durante todo o filme, aquilo tudo não aconteceu. É por isso que vemos cenas que parecem fora de ordem ou sem sentido, contendo inclusive diversas bizarrices. Betty está nesse pesadelo, envolvida com uma mala de dinheiro, onde também não sabe de onde veio ou o que fez. Vamos descobrir ao longo do filme que na vida real, essa é uma herança que Betty ganhou de uma tia falecida, dinheiro que usou para mandar matar Rita, sua arquirrival.
Arrependida, ela sonha com uma vida alternativa, onde ela e Rita são amigas. Mas tudo não passa de uma crise de identidade e muita inveja pelo sucesso de Rita.
Alguns símbolos durante o longa nos dão pistas da necessidade psicológica de abrir uma “caixa” usar uma “chave” signos que significam a busca pela verdade de sua mente. Já que Rita “tirou” as oportunidades de Betty, Betty pinta um mundo onde ela é a ajudadora de Rita, e a atriz famosa e rica com grandes oportunidades. Sem contar, que outros personagens sempre dão pistas para Betty de que aquilo não é real, e que ela precisa aceitar a realidade e assumir o que fez: Ter mandado matar Rita na vida real.
Esse é considerado um dos filmes mais complexos dos últimos tempos, e analisado por muitos psicólogos como um marco das questões do subconsciente. Algumas cenas, no entanto, são extremamente difíceis de entender. E o diretor não se pronuncia a respeito do significado delas.
Nossa nota, de 0 a 10 é: 10! Um dos melhores filmes que já vimos!
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