
Em três temporadas a Netflix nos arrebataram a experienciar as durezas da realeza da Inglaterra.

Particularmente não dei muita consideração ao que essa série poderia me trazer, afinal comecei a assistir logo que conclui House Of Cards, mas preciso dizer que essa é uma das minhas séries favoritas hoje.

Elizabeth, a rainha é uma pessoa destinada a cumprir ritos e manter a tradição da dinastia, ainda que isso afete seu casamento, influencie no convívio com os filhos e com a irmã caçula que invejava ser como a mais velha.
Ela é um pouco mais séria na série do que as fotos reais da rainha do Reino Unido. Ainda assim, sua elegância e postura são de impressionante admiração.
Não é uma série para quem não se interessa por história, além do mais, pra quem é acostumado com o jeito americano das séries atuais, ou forte das séries espanholas, pode achar um tanto quanto monótona a série que narra a história desse principado.

Cada personagem é muito bem construído, Elizabeth abre mão de diversos desejos pessoais em prol do bem do povo. Ainda que o fato de ser mulher lhe seja amargo como ditadora, e mal respeitado, ela consegue trazer um forte posicionamento para as mulheres, numa época ainda mais antiga em que isso não é bem visto.
Porém, como seus deveres e responsabilidades são atrelados ao poder, eu diria que ela é mais rainha do que mãe, irmã ou esposa.
O filho dela, Charles, é um coitado. Eu nunca imaginei que a história de vida do príncipe fosse tão triste, sem que pudesse fazer suas próprias escolhas.

Somos levados a conhecer partes significativas da história, e especialmente conduzidos ao amadurecimento desses durante a narrativa.
Um episódio que me chamou a atenção, ****SPOILER***** é um que a rainha não consegue chorar, mesmo diante de uma tragédia. Percebi que a série quis mostrar que ela é fria, mas eu acho o contrário, ela não consegue chorar com o que a machuca demais, ela guarda, isso não significa que não sente.
Simpatizo muito mais com essa dinastia agora.
E você, o que achou?
Minha nota é:
